quinta-feira

Ploney (roteiro de um curta)


Fade in.

Cena 1. Int-Quarto-Dia.

Close Up. Rosto do Ploney. Câmera afasta-se lentamente, para o interior do quarto, expondo Ploney, encostado na janela, e um corpo estendido no chão sob uma poça de sangue. Ao lado do corpo, uma cadeira caída e máquina de escrever de cabeça para baixo. As janelas são adornadas por cortinas marrons, uma mesa encostada na parede, uma cama (de casal ou não) e estante de livros. Livros espalhados pelo quarto.

Cut.

Close Up. Rosto do homem caído-morto.

Cut.

Sobre fundo negro projeta-se o título – “Ploney”



Cena 2. Int – Quarto – Ext – Rua - Dia. Plano sequência.

Som da máquina de escrever.

O homem digita, de perfil para a janela. Câmera aproxima-se do homem, passando entre o corpo e a máquina em direção à janela aberta, desce até o outro lado da rua, onde está parado o Ploney, olhando para as janelas. Close Up. Rosto do Ploney. Ele está de chapéu de palha. Câmera afasta-se lentamente, para o interior do quarto, expondo Ploney encostado na janela e um corpo estendido no chão sob uma poça de sangue. Ao lado do corpo, uma cadeira caída e máquina de escrever de cabeça para baixo. As janelas são adornadas por cortinas marrons, uma mesa encostada na parede, uma cama (de casal ou não) e estante de livros. Livros bagunçados.

Cut.


Cena 3. Int – Quarto - Dia.

Enquadramento fixo. Porta de entrada vista de dentro do ap. (Toca a campainha)

Cena 4. Int – Escadas - Dia.

Plano sequência.

Ploney entra no prédio e começa a subir as escadas. Câmera olha para Ploney de perfil na entrada do prédio e quando este sobe começa a seguí-lo, o ultrapassando. Câmera sobe escadas mais rápido que Ploney. Som de passos do Ploney. Câmera sobe as escadas até chegar à porta aberta com o homem olhando para o corredor.

Cut.

Cena 5. Int – Escadas - Dia.

Enquadramento fixo. Som de passos na escada. Vista da porta para as escadas vazias. Espera do Ploney. Talvez usar as seguintes legendas: “espera do ploney”

Ploney aparece. Vai até a câmera e olha para ela. Close Up. Rosto do Ploney. Ploney está com fitas grandes e coloridas nos cabelos. Câmera afasta-se lentamente, para o interior do quarto, expondo Ploney encostado na janela e um corpo estendido no chão sob uma poça de sangue. Ao lado do corpo, uma cadeira caída e máquina de escrever de cabeça para baixo. As janelas tem cortinas marrons, uma mesa encostada na parede, uma cama (de casal ou não) e estante de livros. Livros bagunçados.

Cut.

Cena 6. Int – Quarto - Dia.

Enquadramento fixo = ao enquadramento do homem morto com Ploney na janela. Homem digita na máquina de escrever. Som de máquina. Ploney caminha de um lado para outro. Ploney empurra o homem que para de escrever e levanta-se. Ploney pega a máquina de escrever (com uma mão) e acerta a cabeça do homem. Homem cai. Poney atira a máquina ao chão, vai até a janela. Close Up. Perfil do Ploney. Câmara afasta-se do ploney recostado na janela, mais para o canto agora, e segue para outro canto do quarto numa diagonal. Um pouco trêmula. Som de máquina continua.

Cut.

Cena 7. Int – outro quarto - outra locação - Dia.

Som de máquina continua, diminuindo até o final da cena.
À princípio três ou quatro enquadramentos fixos, estilo entrevista. Mesa, cinzeiro e o homem da máquina que fuma durante a cena. Homem fala:
“Conheci o Ploney há algum tempo. Estava saindo do clube Prelúdio quando vi aquela belezoca encostada no balcão, me encarando. Chamei ele para tomar uns drinques lá em casa, mas ele disse que tava ocupado, apesar de continuar me encarando. Você sabe, encarando. Continuei a conversar mas ele não era de muito papo não. Então resolvi vazar, mas ele me parou com a mão. Até hoje lembro aqueles olhos de deusa do sexo que ele atirou em mim. Marcamos um encontro para o dia seguinte.”

Cut.
Fade out.  

Rio - 2008

Um comentário:

Anônimo disse...

porra...! isso é bom muito bom, sr. GYR.