segunda-feira

12 de maio de 2001

Reparem a tentativa de movimento desajeitado dos olhos na reprodução acima. Está mais que evidente o caráter naif desse afresco, encontrado há seis meses nas catacumbas da antiga São Paulo, junto ao esqueleto de um suposto pintor modernista.

Um modernista adquire grande quantidade de tinta e comida. Tranca-se, em seguida, no porão de uma casa prestes a ser demolida e dissolve a chave em copo de terebintina.

Ao que tudo indica, após a demolição da casa, a construtora aproveitou o fundamento antigo, sem se dar ao trabalho de uma avaliação pormenorizada da estrutura. O engenheiro chefe não percebeu o porão, ou então era cúmplice do modernista.

O resultado disso tudo é uma obra de valor duvidoso e um esqueleto modernista.

Quando a moda da arte performática, multimídia e essas coisas mais cessar, o nobre sacrifício do nosso pintor será esquecido.

Nisso, ao menos, ele estará bem acompanhado.



Um comentário:

Anônimo disse...

Caralho! :D